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domingo, 2 de abril de 2017

Sobre nascer na vida adulta

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 Você nasce, cresce, se desenvolve, estuda, aprende, cresce mais, passa pela adolescência sem muitos abalos, cresce mais, se torna adulto. Tudo isso em casa, no conforto e tranquilidade dos conselhos dos pais e amigos próximos, no aconchego de chegar em casa depois de um dia de cão na faculdade e poder ter tudo facilmente acessível. Novamente, sem muitos abalos.
Aí você precisa sair de casa, da sua bolha, e descobre que em casa você não era bem um adulto. Era um adolescente-quase-adulto, e estava na faculdade, com o desenvolvimento emocional acontecendo bem devagarinho. Simples assim. Crítico assim. Então você nasce de novo, ao entrar nesse mundo estranho em que, depois de um dia de trabalho, você chega em casa e encontra somente a sua mobília e a bagunça que deixou antes de sair. O seu jantar só vai existir se você fizer, independente do fato de estar tão cansado que mal consiga raciocinar. As coisas não vão se organizar "magicamente", e só vai ter o que você gosta que tenha se tiver a iniciativa de levantar e ir atrás.
Falando assim até parece que eu pensava que realmente as coisas aconteciam como na disney, com passarinhos e uma canção pra cada novo desafio. Não é isso. É que no conforto do antigo lar as coisas aconteciam, independente da minha atitude. Havia uma família, um sistema de suporte, havia conversas, discussões, polêmicas. Agora há silêncio.
No início, era bem ensurdecedor. Tão ensurdecedor que para que não ouvisse ele, eu tinha que deixar tudo ligado. Até que eu entendesse que quem grita não é o silêncio, é a saudade. A saudade dos sons familiares, daquela dinâmica que eu chamava de minha, e que agora não me pertence mais por esses dois anos. Agora, com 23 anos, tenho que inventar outra rotina. Outra dinâmica. E é bem esquisito, mas aos poucos as coisas se encaixam. Devagarinho, cortando o cordão umbilical, descobri tanto sobre meus hábitos e minha personalidade... Coisas que só descobri quando fisicamente me afastei de toda a minha família, para continuar a minha formação.
Cortar o cordão umbilical doeu mais do que eu imaginava, fui pega de surpresa, admito. Em alguns dias me pergunto se eu realmente preciso disso tudo, dessa reviravolta, dessas mudanças radicais.Dos dias difíceis. A resposta vem fácil. Sim, preciso. Todos precisamos.
A gratidão aparece quando você percebe que trocaria um domingo silencioso e sozinho por qualquer discussão em casa, mesmo que sempre saia magoado ou irritado. Quando preferiria uma bronca por algo que não fez, que estar sentado no seu sofá encarando a TV, pensando que amanhã tudo começa de novo, na sua rotina habitual. Sozinho.
Estar assim, fora do aconchego, amadurece os sentimentos. Traz a tona valores, gratidão, amor, saudade. Engrandece. Ensina.
E eu sempre adorei aprender.
Mãos a obra, então.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Pra ti, saudade.



Ô, saudade, bem que você poderia dar um tempo pra mim... sempre vem com esse seu jeito quieto, discreto, e de repente já tomou conta de tudo. Tá na hora que eu acordo, enquanto eu tento estudar ou na hora que vou dormir. Fica se insinuando, trazendo tudo que é lembrança boa a tona e me deixando aqui, com cara de tacho, vendo que você não para de crescer. Sabe o que é mais curioso? Não dá pra te matar.
A gente diz matar, mas nunca tem coragem. Afinal, você, no fim das contas, é lembrança de coisa boa. De risada alta, de conversa sem fim, de abraço apertado, de boas notícias, de beijo roubado. Saudade é entidade que confunde, difícil ser mais dúbia: tem dias que dá vontade de rir e tem dias que só causa lágrimas, pode dar um mau humor danado ou ser precursora de sorrisos quietos, silenciosos e conscientes do quanto foi bom poder viver tudo aquilo pra conseguir lembrar depois.

Saudade, tu é aquela marca que insiste em viver no coração, é o pensamento que esquenta noites frias e sozinhas. E pode ser tão inconveniente: aparece do nada, feito visita chata. Chega como quem quer dizer: "ué, mas já esqueceu? Não dá pra esquecer o que te faz feliz, lembra mais um pouco, vai..."
E vai se instalando...  fazendo morada. Traz escova de dentes, um livro pra passar o tempo e  pijamas. Quer ficar comigo toda hora e não desconfia. Desculpa, é que volta e meia você esquece que pode machucar tanto. Pode até parecer uma pedrinha no sapato, ué...
Mas meus sentimentos em relação a você são mistos, tá? Nossa relação é de amor e ódio. Não quero ser ingrata contigo, porque pensando bem, é bom que eu possa te sentir: quer dizer que já tive tantos momentos gostosos nesses 21 anos de vida. E eu até acredito que devemos colecionar momentos, não coisas.
 E eu acho que gosto tanto de ti porque você é parte de mim. Tá comigo desde a minha primeira inspiração e vai continuar por Deus sabe quanto tempo - até porque vou te carregar quando minha experiência nessa tal de Terra tiver fim. Sou feita de ti, no final das contas. Devo me aceitar, então te aceito, enfim. Até o "fim".

domingo, 3 de maio de 2015

Na fila do supermercado.

Carol Rossetti

Dia desses fui ao supermercado numa véspera de feriado, e aconteceram coisas que me deixaram encucada por um bom tempo. Talvez se eu tivesse apenas deixado passar, como a maioria faz, e eu mesma tantas vezes, nem estivesse escrevendo esse post, mas tudo tem limite e vou desabafar sobre esses momentos.
Véspera de feriado, supermercado lotado, estresse e antecipação. Geralmente a receita pro desastre, o caminho pra despertar as reações menos polidas, pra falar as coisas mais grosseiras, pra dar os berros mais altos. Eu, infelizmente, estava absurdamente ciente de todo esse barulho ao meu redor.
Lá estava eu, tão tranquila quanto poderia (odeio a mistura fila+solidão+gente mal educada), quando passa uma moça e derruba uma lata de leite em pó. Tinha uma criança num carrinho perto da latinha caída, e o pai começou a berrar com ele "moleque! Derrubando as coisas!", e deu de pronto um tapa na cabeça do menino. Quando percebeu que eu olhava a cena desconcertada, rapidinho mudou a postura. Eu nem precisei dizer nada, ele viu que não tinha sido o filho. "Ai, desculpa. Ai, nem foi você, né filho?". Só que disse tudo olhando pra mim, com o maior sorriso amarelo do mundo. Me perguntei se ele estava pedindo desculpas pra mim ou pro filho, mas me perguntei mais ainda se ele teria tido essa reação se não tivesse ninguém olhando.
Passou um bom tempo quando apareceu um outro homem, do nada, empurrando o carrinho pra frente do meu. Eu perguntei o motivo e ele disse que sempre esteve ali (não sei em que dimensão, mas estava tão sem forças que deixei ele passar). Não bastando o constrangimento de aumentar o tom de voz pra passar na minha frente, ele não deu um passo de onde estava. Ficou do meu lado, me encarando da maneira mais incômoda possível. O espaço nas filas estava mínimo, e a falta de respeito já estava chegando aos limites quando o pai da criança apelou pra mais uma grosseria. A esposa estava empurrando o carrinho pela fila errada quando ele voltou e soltou a frase, aos berros: o que é isso, sua jumenta (pasmem vocês, jumenta)? Presta atenção! Porque tá na fila errada??? A mulher, sem entender nada, nem conseguiu responder.
Eu, sem acreditar, passei a mão pela testa como quem pede forças. Mas o que ele falou depois tirou todo restinho de paciência que eu tinha.
"Tá vendo??? Isso que dá deixar mulher no governo das coisas!"
Me virei devagar, e encarei ele séria, perguntando em seguida: "o que?". Ele logo viu a besteira que tinha dito, pois ao seu redor só havia mulheres. "Nossa, como eu digo uma coisa dessas perto de tanta mulher, né? Que coisa". Quer dizer então que é ok falar esse tipo de coisas se não tiver mulheres perto? 
Juntando o pouco de forças que ainda tinha (eu estava particularmente exausta nesse dia), me virei e fiquei olhando pra frente, tentando entender o motivo daquela demora (a fila não andava, o homem não tinha ido para o lugar que tinha reclamado, e o de trás estava começando outra discussão com outras mulheres de outras filas).
Foi aí que a esposa do envolvido na invasão de carrinho e espaço apareceu. Me olhou de cima a baixo e perguntou pra ele: porque você tá do lado dela? Seu lugar não era na frente?
Fiquei calada e olhando pra frente, enquanto ele dizia: não, sua doida, eu to aqui porque na frente não tem espaço! Ela perguntou de novo porque ele não ia pra frente, que tinha ido procurar ele três vezes e ele não estava na fila, e começou outra discussão. Pela frequência que ela me olhava, ela devia estar pensando que eu era culpada pelo sumiço dele. Ou seja, se seu marido está olhando pra uma mulher numa fila e te tratando mal, a culpa deve ser da observada, e não do observador. Tamanha minha decepção quando eu percebi que a própria esposa apoiava o machismo do marido.  
Agora mesmo, enquanto escrevo, estou assistindo ao filme "o apedrejamento de Soraya M.", baseado numa história que realmente aconteceu. É sobre as leis iranianas, a falta de direitos das mulheres e o quanto as decisões são tomadas baseadas no poder dos homens. Soraya foi condenada ao apedrejamento pelo ciúmes de seu marido, que viu adultério onde da parte dela só havia cuidado e preocupação com o marido de uma amiga falecida. É tão triste, tão real, que machuca. Numa outra oportunidade, assisto ao filme inteiro e venho contar a vocês.


Pra finalizar, queria dizer que tenho essa teoria de que quanto mais pessoas juntas, e mais ciente você está do que acontece ao redor, maiores as chances de desapontamentos grandes. Isso tudo que escrevi é pra dizer que nunca paro de me magoar com a selvageria disfarçada do ser humano. Não é normal bater nos outros, não é aceitável maltratar quem quer que seja. Lugar de mulher não é cozinha, mulher não pede abusos com a roupa que usa. É tanto absurdo que nem cabe num só texto. Eu nem sei se vocês vão conseguir entender o que estou escrevendo, mas espero de coração que entendam. E reflitam. Discutam.
É aos poucos que a gente muda o lugar onde vivemos, gente. Comodismo nunca levou ao progresso.

Se quiserem um site com conteúdo interessante para quem compartilha da ideia de que mulher deve ser livre de todos esses preconceitos, acessem o Lugar de mulher.
E bom domingo a todos.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

As verdades que inventamos.


weheartit

"Só eu conheço o lado bom dele", ela repetia para si mesma, olhando o seu reflexo no espelho, como quem tentava se convencer. "Só você me conhece de verdade", era o que ele sempre dizia pra ela, muitas lágrimas depois e depois de a convencer de que aquilo não aconteceria de novo. Ela acreditava, porque no momento aquilo parecia a coisa certa a fazer. Ela sentia que a cada dia se apagava mais, só para dar mais luz a ele. Ela lia e ouvia tantas vezes que não deveria ser assim. Os dois não deveriam crescer? Então porque ela sentia que estava presa num momento havia tanto tempo? Ela se sentia mais presa a lembranças que ao presente.
Quando estava sozinha, tentava lembrar da última vez que ele tinha a feito sentir segura. Não conseguia. Porque sempre se sentia mal quando algum de seus amigos perguntava como estava o namoro? Ela nem sabia se estavam namorando. Um namoro não deveria ser uma coisa boa? Ela sempre chorava: de saudade, de tristeza, de medo de perdê-lo, de insegurança, de ansiedade. Ela nunca se sentia segura, de fato. Estava apenas sobrevivendo. Tinha esquecido de como era bom viver.

Resolvi começar esse post de um jeito diferente, com essa historinha que tanta gente deve se identificar. Relações tóxicas existem aos montes, em tantos lugares, e só sabe da dor quem já passou por uma. Depois de encontrar a tal da "paz no amor", eu acho que posso escrever com algum conhecimento de causa sobre como é deixar pra trás o que deve ser deixado pra trás.
E aí que você conhece alguém, geralmente num momento vulnerável, e se apaixona. Rápida e perdidamente, você se joga naquela relação e investe tudo o que tem para poder dar certo, afinal parece o mais decente a fazer. Há quem diga que nunca percebeu os primeiros sinais de que algo poderia dar errado, afinal tendem a ser bem sutis, mas quando se olha pra trás, lá estavam eles: claros e intensos, praticamente acenando pra você e gritando: corra enquanto é tempo, que isso aqui já deu o que tinha que dar! Mas é mais fácil colocar um paninho quente e continuar, esperando que tenha sido apenas um mal entendido. Afinal "ainda" há momentos bons.
Pois é, é de mal entendido em mal entendido que o negócio começa a bagunçar. É briga por motivo bobo, é falta de comunicação, é agressividade, é mentira, e você continua no seu canto, pensando com seus botões: "mas o que será que aconteceu? Isso não era assim".
Não é porque você escolheu não ver, que não aconteceu, em primeiro lugar.
A gente tem a mania feia de enfeitar as situações e acreditar no que nos parece mais atraente, ao invés da realidade. É difícil, mesmo, entender que algo que você investiu tanto tempo e sentimento está caindo aos poucos, mas se tem uma coisa que essa vida passageira nos ensina é a deixar ir.
Essas situações, em geral, pedem um processo longo de desintoxicação. Mas o mais importante é: você precisa querer. Mas querer de verdade, querer mesmo, entendendo os seus motivos, entendendo o que te levou a isso. Entendendo que você é, sim, capaz de sair disso, e crescer.  Precisa entender que se não te edifica, não deveria ser cuidado por você. Se te parasita, não deve ser mantido ali.
O mundo tá cheio de pessoas mal-intencionadas, mas também tá cheio de gente de alma bonita, sorriso sincero e disposição pra fazer feliz. Essas últimas são as que você quer manter na sua vida.
Abre os olhos. Mas abre de verdade, tá? O que você enxerga? O que acontece, ou o que você quer que aconteça? Eu sei que a realidade às vezes parece dura demais, verdadeira demais, mas ela existe por um motivo.
Se tá te tirando o sono, te sufocando, te diminuindo, te tirando o brilho, a vontade, então tem alguma coisa errada. Não espera ficar apegado demais pra tentar se desfazer dessa ligação.
Aprende isso, e aplica na vida: a gente deve se apaixonar pelo que é de verdade, não pelo que a gente quer que seja. Não se fascine pela sua ideia de alguma coisa, que é roubada.
Alguns poucos e contados momentos bons não devem se sobrepor a dor que você sente. Não se subestime ou se julgue merecedor de sofrimento. Todos merecem o amor, desde que possam oferecê-lo.


You got me sippin' on something
I can't compare to nothing
Other than what I'm hoping
That after this fever, I'll survive

I know I'm acting a bit crazy
Strung out, a little bit hazy
Hand over heart, I'm praying
That I'm gonna make it out alive


The heart wants what it wants, Selena Gomez.

Imagem: tumblr

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Ainda que eu perca a razão, cuida assim...

weheartit
Sempre que eu penso em nós dois, me convenço de que você tem algum dom. Falando assim parece que eu me diminuo, mas nem é pra tanto. É só que eu sei que não sou muito fácil de lidar, e também não tive boas experiências antes, entende? Comecei a achar que, de fato, eu nem servia pra namorar... E aí você aparece, mesmo estando ali o tempo todo, com esse seu jeito tão diferente do meu, e essa calma tão incrível. Deu uma bela ajeitada na bagunça que eu estava virando, e me ensinou tantas coisas boas... Que dá, sim, pra ser feliz sem medo. Que bom mesmo é aquele sentir que não é acompanhado de uma sensação de que algo não está certo. Que em cima da hora ainda é hora. Que dá pra brincar mesmo em momentos tensos, e que minha alegria não existe só com você, mas existe também contigo. Meu sorriso traz o seu, e vice e versa, e é tão bom saber que eu posso ser uma das pessoas que te traz esse tipo de alegria. Olha eu, escrevendo essas coisas tão sentimentais.

Eu fiquei assustada e me afastei quando percebi que você era diferente de tudo que já tinha me acontecido. Era tão simples, mas tenta entender meu lado... Depois de tanto tempo com experiências ruins, você começa a achar que aquilo está certo. Pois bem, outra coisa que você me ensinou: a gente deve se acostumar com as coisas que nos fazem bem. E eu tô, meu bem, acostumada demais com você.

Não sei como você faz isso, mas o seu jeito compreensivo me convence todos os dias de que é assim que sempre deveria ter sido. Eu mereço bons sentimentos, reciprocidade, carinho, afeto, paz, respeito e boas vibrações, e isso tudo (e mais um pouco) só encontro em você. Bom mesmo é ter alguém como você pra chamar de meu. Não tô com você porque me acostumei a tal ponto que não consigo deixar você ir, não é isso. Eu simplesmente te quero tão bem, que não quero te deixar ir. Quero cuidar com carinho desse sentimento que temos, todos os dias, por quanto tempo puder.
Mesmo com o meu jeito torto e doido, eu quero te dizer mesmo é que você é o que eu quero querer todos os dias.

                      

Cuida de mim
Mesmo que eu beire a loucura
Ainda que eu perca a razão
Cuida assim
Se eu me afasto é ternura
A minha real intenção

Cuida de mim- Scracho

quarta-feira, 30 de julho de 2014

You don't know.

fonte: weheartit

Passamos a vida inteira procurando por emoções. Por sentimentos. E queremos que sejam verdadeiros, quando nem sabemos se nós mesmos somos. Mesmo que inconscientemente, queremos os sentimentos que devoram, que nos viram ao avesso, que nos tiram o sono.
Queremos aquilo que nos perturba. Queremos mesmo é aquele amor que nos desmonta. Que sabemos que pode ter fim a qualquer momento. Queremos o perigo, o desconhecido.
Mesmo que você saiba que pode acabar em estilhaços, não dispensa a vontade de descobrir tudo o que pode acontecer até que, inevitavelmente, o fim chegue.
Mesmo que te custe mais do que está disposto a dar.
Você faz a troca consciente de que não terá mais volta. Você arrisca todas as suas fichas numa carta que, baseado em experiências anteriores, pode muito bem ser sua ruína. De forma figurativa ou literal, você se entrega.
E aí, no meio de expectativas, medos e memórias você se perde. Não diferencia mais o que você quer do que você tem, e as coisas podem ir perdendo a graça. Acontece que, no final das contas, você nem queria tanto assim. Só achava que queria.
Mas, mesmo assim, não tem coragem de deixar ir. Porque não sabe se quando diz "me cansei" quem fala é o orgulho ou algum sentimento menos egoísta. E aí sua mente já não é mais um lugar tranquilo, ou o lugar que gostaria de "habitar" 24 horas por dia.
Se já é difícil ser um "ser pensante", imagina um ser pensante, e confuso.
Não tá fácil pra ninguém.


Even the prettiest of leaves
Still gotta fall down from their trees
We go tumbling towards the ground

All of the days go piling up
Get to the end but it's never enough
Tiny moments that have broke me down

You don't know, you don't know

You don't know - Brooke Annibale

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Nós.

WeHeartIt

"Sem jeito" é o que me descreve quanto estou com você. Mas muito sem jeito, mesmo. Ensaio conversas e assuntos na minha cabeça, mas quando chegamos perto um do outro eu não consigo seguir roteiros. Tudo em você é novidade pra mim, mesmo que nos conheçamos há uns bons quase três anos e meio. Quanto mais te conheço, mais quero continuar isso que começamos de um jeito tão inesperado.
Eu dizia a mim mesma que queria melhorar nossa amizade, mas no fundo eu sempre soube o que eu queria. Só não poderia admitir, mas eu sempre quis a você. As nossas brincadeiras, risadas descontroladas e olhares cúmplices não poderiam ser desconsiderados. Então, de um jeito meio doido, cá estamos. Num "quase-tudo", pois não temos tempo para muito, mas me agrada o fato de gostarmos de dedicar os poucos minutos vagos um ao outro.
É o carinho, o cuidado e o respeito com que não me trataram tantas vezes antes.
É aquele jeito que você fala comigo que mostra o quanto se importa.
É a nossa maneira de expor o que sentimos: diretos. Sem jogos ou manipulações.
É a nossa maneira de ver as situações, e analisar, juntos.
É o nosso jeito de ver algo único, que só nós dois podemos entender e viver.
E é assim que eu quero que seja por quanto tempo você também quiser.
O "nós" só me agrada, daqui pra frente, se envolver você.





I fell asleep last night to the heartbeats in my head,
I fell apart when I got home inside my bed.

I can't think, can't speak.
I can't move, can't breathe.
This is a white heart heat when you get next to me,
When I'm around you it's like waking up the dead.

Unavoidable- Neon Trees

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Pra poder viver bem...

 

São cinco palavrinhas que deveriam estar muito mais presentes em cada um, né? No cotidiano, nas conversas, nos pensamentos. Em tudo. Muito seria diferente se todos pudessem ao menos conhecer o real significado delas e a sua importância. Imagina só se na sua lista de afazeres diários você acrescentasse:
1- Amar mais. A tudo e a todos. Até a quem quer me prejudicar, até ao que me olha torto e ao que fala bobagens ao meu respeito. Desejar o bem, independentemente dos envolvidos.
2- Ser mais humilde, sabendo das minhas qualidades, mas, acima disso, dos meus defeitos. Tentar evoluir com as provações que passo todos os dias, sem passar por cima de ninguém. Apenas por cima dos meus preconceitos.
3- Respeitar mais. As diferenças, o que eu não consigo entender, as decisões que não cabem a mim.
4- Ser mais simples. Em tudo. Entender o quanto a maioria dos "meus problemas" são, de fato, meus. Afinal, eu os criei. Só existem em minha mente. Se eu não conseguir simplificar sempre, ao menos tentarei não complicar.
5- Transmitir paz. Seja através de risadas, de boas vibrações, de boas atitudes.

Gente, sempre tive pra mim uma frase que considero importantíssima: faça a sua parte. E resolvi citá-la porque acho que "fazer a sua parte" envolve esses itens anteriores.
Hoje em dia nem é necessário procurar muito para encontrar uma pessoa que vive "empurrando a vida com a barriga". Acorda todos os dias com uma baita cara fechada, e vai dormir (não me pergunte como é possível) com uma cara mais fechada ainda. Nada é interessante, nada é legal. A vida é só dificuldade e fracasso. Mas, e aí? Essa pessoa, realmente, está dando o seu melhor? Está fazendo o que deve ser feito, sem enrolar e criar mil problemas antes? Tem um objetivo, ou acha que nem vale à pena pensar em algum, pois nunca vai conseguir?
Pessoas que só reclamam dificilmente conseguem algo na vida. Ficam tão ocupadas em encher tudo de defeitos e vão deixando passar as oportunidades, as boas pessoas, as chances de crescer (em todos os sentidos possíveis).
O que custa, de verdade, apreciar as pequenas coisas? É de pouco em pouco que se muda para melhor, e vai mudando onde vive, também. É assim, devagar, mas há mudança. Basta querer.
Se não acredita, pelo menos dá uma chance... Tenta, e aí você vai começar a notar que haverá mais sorrisos, mais momentos bons, mais respeito, mais paz. Você não cobrará tanto de si mesmo, pois já saberá do que é capaz e que tem o que é necessário para ir além do trivial. E aí, as coisas ficarão mais simples. O sorriso, mais fácil. A vida descomplica.
Tenta... Só tenta...
E, pra encerrar, acrescente força e esperança para os dias difíceis. Quando o "sapato apertar", a força vai te ajudar a continuar e a esperança vai te dar o empurrãozinho pra não ter medo, caso o "sapato aperte" de novo.
E que nunca nos falte nenhum desses.
Amém.


                      

Let's take a second and reflect on what we can do
To be smart and play our part in something beautiful
Embrace life, appreciate the fact you're even breathing
Cause we in the crosshairs and it's open season
If each one teaches one we got a good start
Your not a square cause you care and have a good heart
We gotta speak soft, and listen harder
It's right in front of our face but we don't even bother
One at a time - Travis McCoy

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Para pessoas de conteúdo.

fonte
Hoje me veio um pensamento - não só hoje, mas hoje forte o bastante pra que eu tivesse vontade de escrever sobre ele. Está difícil encontrar pessoas com conteúdo, sabe? Carinhas bonitas existem por toda parte, dando em cima de você, insinuando, te observando. Mas quando chega a hora de conversar: nada. Exatamente o que parece ter na cabeça desse pessoal: nada. Não costumam gostar de nada, não sabem falar sobre nada, não gostam de ler nada, não ouvem nada. São pessoas literalmente vazias. Se eu pergunto o que faz da vida: ah, nada. 
Por favor, minha gente!
Não precisa gostar de ler, ou de ouvir algum tipo de coisa que eu goste, mas e a sua personalidade?
Você é, realmente, somente as roupas bonitinhas que você usa e a sua carinha interessante? Você, sinceramente, não passa disso?
Eu gosto de gente que sabe conversar, que dá risada, que discorda de algo que eu disse, que tem argumento pra discutir algum tema interessante. De gente que sabe deixar o copo de bebida de lado para falar sobre uma coisa que tem acontecido, sei lá, nacionalmente. Sobre o governo, sobre a cidade, sobre o que gosta de fazer. O que custa, gente? 
O que acontece é que hoje, pra muita gente, basta ter um rosto ou um corpo bonito. 
E isso que vou dizer pode "destruir os sonhos" desse pessoal: mas beleza, corpo bonito, isso tudo é passageiro. É natural que haja flacidez, que haja um certo cansaço. 
Quando a sua hora chegar, você vai fazer ou ser o que? Vai falar sobre o que? Sobre o quanto você já foi bonito (a), sobre o quanto já chamou atenção?
Aprendam a valorizar as curvas que ficam dentro da sua calota craniana. 
Para quem teve dificuldades, essas aqui ó:


E, rapazes, não se iludam. Assim como vocês costumam falar das meninas, nós também temos o gosto de dizer: só é bonito, porque na hora que abre a boca... 
E, no final das contas, quem valoriza uma pessoa que não costuma valorizar a si mesma? 
É preciso reconhecer suas qualidades emocionais, mentais, suas capacidades que vão além do físico. 
No final do dia, quando você faz de tudo pra ser mais bonito (a), se olha no espelho e não gosta do que vê, de que adiantou? Seja você mesmo, de dentro pra fora. Seja honesto consigo mesmo.
Falsidade não atrai originalidade. 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Eduardo e Mônica.


weheartit

Eu não sei de onde, mas me deu uma vontade inexplicável de ouvir Eduardo e Mônica, da banda Legião Urbana. E agora não consigo mais parar!
Não sei se é a melodia, a letra, ou a simplicidade do vídeo (vou postar aqui). Ou talvez seja a mensagem transmitida: as coisas não são perfeitas num relacionamento. E a outra é que algumas pessoas simplesmente se completam - e não se anulam. Completam.
Acredito muito nisso, viu. Acredito que as coisas não estão dando certo porque a pessoa ou o momento não estão certos. Eu acredito em amor à primeira vista, romance e palavras bonitas.
Acredito na simplicidade e honestidade de um sorriso, ou uma risada gostosa, apenas porque está tudo tranquilo.
Acredito, também, no abraço apertado quando as coisas estão difíceis. E no "vamos resolver isso..." quando surge um impasse.
No sorriso que de tão grande faz os olhos ficarem pequenininhos, e no cuidado de segurar as mãos pra atravessar a rua.
Naquele ciuminho saudável que mais parece uma cautela: sem a posse e certeza que nunca me perderão, e sim com o sentimento de que não querem me perder. Nunca.
No passar de mãos pelos ombros como quem diz que é quase terapêutico estar perto um do outro.
Mas também acredito que às vezes dá vontade de puxar os cabelos do outro de tanto nervosismo, que têm aquelas briguinhas idiotas, mas tudo isso (se não constante, claro) serve pro crescimento.
Não tem relacionamento perfeito, mas tem pessoas perfeitas umas para as outras.
E essa verdade ninguém tira da minha cabeça.
E, afinal, "quem irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?" ;)

                                      

[...]
E, mesmo com tudo diferente
Veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia
Como tinha de ser

[...]
Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro e artesanato e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
 

Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar
E ela se formou no mesmo mês
Em que ele passou no vestibular
E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa
Que nem feijão com arroz

Construíram uma casa uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana e seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram.
Eduardo e Mônica- Legião Urbana

Né linda, gente? 
Beijão e até a próxima!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Olá,

weheartit
Depois de algum tempo, concluí que a única maneira de falar sobre esse meu lado seria através disso: uma carta. E, acredite, ainda me sinto mal por isso.
Parece que as coisas só teriam dado certo se eu tivesse feito o que deveria ser feito, verdade?
Não.
Eu gosto de ti, mas entenda que nem todos possuem essa facilidade, sabe? Essa de deixar todo o orgulho de lado e se entregar de verdade. Essa de poder falar horas ao telefone sem se sentir mal, ou de comprar um cartão romântico e mandar junto com flores em um dia totalmente inusitado sem medo de soar careta. Essa facilidade de enviar mensagens mesmo ocupado. 
O fato é que eu não me preocupo tanto com isso. Já me preocupei demais, e aprendi de um modo difícil que excessos atrapalham.
Vai soar clichê, mas acho que cansei de me apaixonar. É sempre a mesma coisa: amor, desilusão e lágrimas. Acho que disso eu já tive o bastante, obrigada. Não espere que eu te diga que com você foi diferente. Doeu da mesma forma. 
Pedi conselhos a amigos, familiares... E era sempre o mesmo: diga o que sente, com as palavras mais fortes. 
Ok, essas palavras eram realmente fortes. 
Mas eu tentei, e as palavras não vieram.
As coisas não funcionaram como esperávamos, mas paciência. Você disse que eu não me doava muito, eu disse que você se doava demais. Opostos, definitivamente, não se atraem. Mas foi bom enquanto durou. Cada gargalhada, cada abraço, cada discussão... Cada detalhezinho infame daquele relacionamento que começamos por brincadeira. 

Talvez minha sorte seja envelhecer em uma casa imensa com quatorze gatos de raças diferentes, tudo isso porque nenhum cara é bom o bastante para mim. Ou não. Talvez eu não seja boa o bastante para nenhum.
O que quero dizer é que sei que, cedo ou tarde, vou magoar ou ser magoada. E não quero nenhum dos dois. 

Eu nunca acreditei muito nessa história de borboletas no estômago, lágrimas de felicidade ou relacionamentos eternos, sabe? E você... Bem, você não falava em outra coisa. Nós não nos completávamos. E continuarmos tentando seria comparável a uma criança tentando colocar um triângulo num buraco com formato de estrela. 

Depois de deixar que você conhecesse meu "eu" verdadeiro, hora da grande revelação: eu tenho medo dessa tal palavra, essa que se mostrou um pouco fantasiosa em minha vida, amor. Tenho medo de me permitir acreditar e acabar descobrindo que não passa de uma invenção bem mal feita (como papai noel, coelho da páscoa e derivados).
Eu NÃO quero.
Não estou disposta a arriscar.

E no dia em que estiver, entrarei em contato.


Com amor carinho, sua ex.
 
P.S.: Antes que insinuem, esse texto não foi escrito para alguém específico. Achei ele perdido nos rascunhos do blog, e acabei postando porque gostei dele. Caso queiram se certificar, muitas vezes escrevo histórias que não tem praticamente nada relacionado a minha vida pessoal. Já escrevi textos relacionados a situações que amigos estavam passando, situações que eu passei, e situações que eu imagino. Essa, é um exemplo da última misturada com a segunda.
Gosto de escrever, e é isso.


terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Contagem regressiva.


 
Novo ano. Nova vida. Certo?
Errado.
Você, provavelmente, continuará sendo você. Imperfeito, com o seu passado, seus erros, acertos, cicatrizes. Vai continuar a lembrar das noites em claro, do olhar de quem magoou, da bronca dos pais. Ainda vai saber que aquela amizade que você se orgulhava de dizer que era antiga acabou, e você pode ser culpado.
Não vai esquecer algumas dores, não vai deixar de lembrar de certas coisas antes de dormir. E aquela pessoa que poderia ser tudo na sua vida agora? Ainda vai lembrar que foi você quem não quis.

Mas, apesar de tudo, ou por causa de tudo, você é você.
E é lindo! É bonito demais. Com cada cicatriz, cada marca do passado. Você é único. Assim como cada dia.
Você é uma pessoa maravilhosa, vivendo num mudo de aprendizado. Você tem chances, tem oportunidades. 
Não precisa ser atormentado pelo seu passado, e sim olhar pra trás sorrindo, pensando em tudo o que foi capaz de superar.
Você é lindo com essa bênção que é viver, aprender, evoluir.
Você pode passar pelas situações mais difíceis, com a cabeça erguida e sobreviver. De tanto sofrer, fortalecer. 
Pode ter o orgulho de afirmar que sua vitória não foi sem justificativa. Você lutou.
Em algum momento errou, mas percebeu e resolveu que aquele erro não seria mais repetido.

Em cada dia, temos milhares de oportunidades de erros ou acertos - é uma questão de perspectiva.
Mas o que não costumamos ter é a consciência de que frente a um erro, a vida não acabou. É só um novo começo. A força para recomeçar ou continuar não está em poucos. Todos nós a temos. Todos.
Ninguém sabe sua verdadeira força até que ela é posta a prova.
Por isso aquela frase: nunca uma derrota, sempre uma lição.
A dor, as mágoas, tudo isso vai parecer tão pequeno quando passar.
Por isso, de nada adiantarão 365 novas chances se você não estiver disposto a perdoar, a ajudar, a ceder e a evoluir.

Então vamos nos despedir de 2013 com orgulho por cada erro e acerto? Com a cabeça erguida e a força pra continuar?
Um ótimo ano novo a cada um de vocês! Muitas alegrias, felicidades, sucesso. Que haja aprendizado, amor, felicidade plena e simples.
Que 2014 seja doce. E, se amargar, que não esqueçam que o doce está bem nas suas mãos!
Um beijão e até mais!
P.S.: vou postar umas imagens do weheartit abaixo, só pra não perder o hábito! hahaha






quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Because I'm happy!


we heart it

O que me define nesse exato momento e há um bom tempo? Felicidade.
Eu tenho sentido, exalado, respirado felicidade.
Estive num estado de extrema alegria e, acima de tudo, amor à vida. Estado esse quem nem aquele ser que faz questão de ver minha derrota consegue afetar.
No estado que estou, oro por quem deseja meu mal.
Entrei nesse ciclo vicioso de novas amizades, muitas risadas e abraços apertados que só eu sei o quanto me realizo quando vejo alguém que gosto sorrir.
Só eu consigo explicar, ainda com dificuldades, o quando é bom estar assim.
Sorrindo para as paredes, sentindo a falta de quem me faz bem, cultivando a alegria.
Sem empecilhos, ou amarras; sorrir não é uma obrigação. Pra mim tornou-se uma profissão, em tempo integral e o salário é o sorriso que recebo de volta.
É, meu bem, tá difícil me abater, né?
Se eu fosse você nem tentava. Na verdade, se fosse você, tentaria uma coisa que não sei se já foi capaz: ser feliz.
Tenta, e vai ver o quanto te faz bem.
Ah, um lembrete, a sua felicidade não vai estar em outras pessoas, ou em como você prefere enxergá-las. Ela está aí, em algum cantinho, só esperando que você a descubra.


Como de costume, uma música que combina muito com o texto:



Update: Tem uma pessoa que tá fazendo comentários repetidamente insinuando coisas que obviamente não entende ou sabe. Gente, esse blog é meu, certo? Eu posto o que eu quiser, certo?
Não estou falando mal de ninguém, pra que pensar que tudo que eu posto é indireta?
Esse problema tá na cabeça de quem tá com paranoia, porque eu, realmente, nem perco tempo com esse tipo de atenção.
Saia do anônimo, por favor, que talvez você faça alguma diferença.  

sábado, 16 de novembro de 2013

Sobre sentimentos que mudam rápido.

 
weheartit

Antes de ontem eu me lamentava pelo fim do nosso relacionamento. Ainda ficava com os olhos cheios de lágrimas quando me acontecia algo e eu tinha vontade de falar contigo. Ainda ficava me lamentando e me perguntando o motivo pelo qual você terminou as coisas tão de repente.
Veja bem, meu amor, com isso já não me preocupo mais. Quando acontece algo, tenho vontade de rir e contar pra qualquer pessoa, menos pra você.
É isso que conseguiu agindo de maneira tão fria e estranha.
Você trocou um futuro que poderia ser até interessante por uma noitada envolvido com pessoas que provavelmente não conhecia.
Veja bem, meu bem. Não mais me interessa o que fez ou quer fazer, pois a frieza destroi bem rapidamente os bons sentimentos.
Não vou mais me lamentar.
Algumas coisas precisam sair da paisagem para que se possa enxergar outras.
Perdi você, mas ganhei o mundo.
Perdi você, mas posso enxergar melhor agora, sem as lágrimas turvando a minha visão.

E essa é só a verdade, nua e crua.



It's not that I'm lost...
I just don't wanna be found
And If I see you...
I'll wanna lose your face In the crowd.
FRANKMUSIK - Map


Update: Tem uma pessoa que tá fazendo comentários repetidamente insinuando coisas que obviamente não entende ou sabe. Gente, esse blog é meu, certo? Eu posto o que eu quiser, certo?
Não estou falando mal de ninguém, pra que pensar que tudo que eu posto é indireta?
Esse problema tá na cabeça de quem tá com paranoia, porque eu, realmente, nem perco tempo com esse tipo de atenção.
Saia do anônimo, por favor, que talvez você faça alguma diferença.  

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Sem título, porque sim.

Olá, pessoal.
Alguns podem ter se perguntado... e hoje respondo: sim, ainda estou viva. No dia seguinte do falecimento do meu avô (tirei uns sentimentos guardados enquanto escrevia e simplesmente postei) minha avó faleceu. Não eram marido e mulher, mas se conheciam bem o bastante para que ela ficasse triste demais com a ida dele. Ela já estava doente há um tempo, mas melhorou.
Horas antes de falecer falou com todos os filhos que atenderam seu telefonema. Foi um choque grande, porque conversei bastante com ela e achei que ela estava bem feliz.
obs: ela não estava na minha cidade. Tenho uns familiares em SP e ela foi pra lá passear, passou mal, e esteve internada desde então.
Daí a notícia chegou.
Eu chorei coisas que nem sabia que ainda existiam pra chorar. Sofri por um tempo, e cá estou depois de um bom tempo, muitas lágrimas e uma dorzinha que não queria passar.
Mas passou. Tem que passar, né?
Tudo o que eu disser sobre morte sem usar palavras pesadas vai parecer clichê. Mas só é clichê porque é verdade repetida.
Eu precisei deixar que eles se fossem. E eu acho que deixei.
Bem, não vou postar nada animado nesse post porque não acho adequado. Mas comecei a ler um livro ontem e "tive" que terminar hoje, e, para minha surpresa, minha primeira vontade foi correr para a frente do notebook e escrever pra quem quer que ainda leia o blog.
Então no próximo post, que sai já já, tem um da tag recomendo.
Até já!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Pro senhor, vô.

José Silvino Cavalcante, o nome de um grande homem que tenho a honra de poder chamar de "meu vô". Rústico, mas ainda assim carinhoso à sua maneira. Um belo contador de histórias, um marido que adorava cutucar a minha avó com piadas que ele sabia que não tinham graça, mas que ela riria sozinha mais tarde.
Um homem que deixou um grande vazio na nossa família com a sua partida tão repentina e assustadora. Vô, cada ano seu nessa terra valeu a pena. O senhor deixou pra trás amigos, família, e o amor da sua vida, mas está num lugar muito melhor onde pode ter tudo disso e mais um pouco.
O senhor foi e deixou essa lacuna estranha no meu dia, deixou essa impressão de que falta um grande pedaço de mim, e olha que a gente tinha conversas de pouquíssimas palavras, mas muitas risadas.
O senhor foi um homem forte, criou e formou uma grande família, família essa que hoje se despediu do senhor com tamanha dor no coração que não consigo nem traduzir em palavras.
O senhor que dava conselhos brincalhões, que era amado por todos, que era o senhor mais engraçado que já vi nessa vida.
 Espero que o senhor entenda que não vai ser fácil te deixar ir de verdade, vô. É muito amor pra caber em um corpo humano. Ainda transbordamos cada vez que alguém cita o seu famoso apelido: "boa viagem".
E foi isso que sua jornada na terra foi: uma boa viagem. E é isso que o senhor está fazendo, enquanto nos despedimos chorosos, mas sábios de que está indo para um lugar infinitamente melhor.

Nunca te disse isso em vida vô, mas eu te amo muito. Muito mais do que cabe em mim. Muito mais do que eu jamais conseguiria explicar.
Assinado: Luiza, sua neta que lhe dava umas dores de cabeça sempre que pedia pro senhor voltar pra casa porque esquecia algo.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Bitch, i'm FABULOUS!

weheartit

É incrível como algumas pessoas não podem apenas viver tristes, elas também precisam deixar os outros tristes. Parece uma necessidade constante de provar a si mesmo e aos outros que apesar de estar se sentindo um lixo, outras pessoas podem se sentir pior ainda. Não é assim que se enxerga a vida. Não é "tô péssima, mas tem gente pior. Se não tiver, eu faço ficar". Acho que é patológico. 

Não importa como, onde, ou quando, mas observações recentes sugerem que a cada dez pessoas, três estão muito felizes e sete estão tentando entender o motivo da felicidade das três sorridentes. Porque ser feliz é tão estranho nos dias de hoje? Se você chega rindo, ou brincando, não deveria haver alguém perguntando: "nossa, o que aconteceu? Você tá muito feliz". Que necessidade é essa de ter uma lista de motivos para rir, ao invés de simplesmente... rir? 
Eu, hein. Tem gente que não gosta de ser feliz.
E também não parecem gostar da felicidade dos outros.


 kkkk, n resisto a esses gifs e vcs sabem disso!



Beijão e até a próxima!



domingo, 14 de abril de 2013

"I know it's not your fault, but I'm a locked door"


weheartit

Pro medo usamos a mesma dosagem usada para várias outras coisas na vida: em excesso, vira veneno; se muito pouco, vira necessidade

Essa dosagem é subjetiva. Ninguém nasce com um bilhetinho de Deus com a quantidade que você pode comer antes de passar mal, ou quantos drinques beber até ficar embriagado. Então, achar o seu limite para tudo é algo que requer tentativas. Podendo elas serem falhas, ou não. Tem que tentar, e até mesmo quebrar a cara uma ou algumas vezes antes de entender que para certas coisas o medo pode e deve ser bem usado.

Percebam que não estou aqui dizendo para sair correndo nu (de corpo e alma) por aí, revelando suas inseguranças. Perder ou diminuir o medo não envolve esse tipo de exposição. O negócio é achar os seus limites, e se eles forem muito baixos, ou mesmo muito altos, e te prejudicarem, há algo não muito certo ali. E não custa nada tentar corrigir, até mesmo para ter certeza sobre se alguns erros recentemente cometidos foram grandes de sua parte, ou não.

Quem nunca deixou de fazer algo por sentir medo daquilo, ou das suas consequências? É normal, é um mecanismo de defesa, e tudo bem se sentir assim de vez em quando

Vale lembrar que medo é totalmente diferente de falta de vontade. 
Dito isso, passo para o foco dessa postagem: o medo de amar, de se comprometer. 

Muitas pessoas generalizam depois de uma ou duas tentativas falhas de se entender com outro alguém. Não é fácil, afinal, é outra pessoa. São outros pensamentos, outros planos, desejos; outras atitudes, experiências e, muitas vezes, até outras intenções no relacionamento. Cada um enxerga o compromisso de uma maneira.
Quando leio por aí que "o/a pegador(a) de hoje foi o romântico incorrigível de ontem" tenho vontade de rir. Quantas pessoas permanecem firmes no que acreditam, mesmo que outros contestem e tentem demonstrar de todas as maneiras que é errado crer naquilo, mesmo que nem seja? Esses seres desistentes não costumam ter muito progresso nesse assunto até perceberem que não é exatamente assim que a banda toca. Muitas vezes são responsáveis por alguns danos causados por vários "nãos" ditos a pessoas que queriam, de fato, um futuro com eles. E o motivo de tantos nãos? Na maioria das vezes, medo do que vem depois se disser "sim".

E não é algo que mereça tais temores. Algumas coisas na vida devem ser tão naturais quanto respirar.

Um relacionamento envolve duas partes. Dois "quereres", duas pessoas que estão dispostas a abrir mão de tempo, de alguns maus hábitos, de algumas características que antes julgavam "imutáveis". São dois seres que devem estar na mesma sintonia para que aquilo tenha algum futuro. 

Ninguém pode fazer o outro amar, ou querer estar junto. Por isso, é muito importante saber exatamente onde terminam seus esforços e onde os da outra pessoa devem começar. Quem mantém a porta fechada, mesmo quando batem, não quer visitas. 

Não escrevo aqui como perita em relacionamentos (os que me cercam que afirmem com veemência), mas uma coisa que sempre tive em mente é o tal do aprender com os meus erros. Foram muitos erros, e bastante aprendizado. Não foram os meus primeiros erros, e com certeza não seriam os últimos. 

E como li por aí, segundo Dona Geo: 
Não conto como vida o tempo que existo,
uma vida sem desafios, sem erros e acertos
não passa de mera existência.
Existir não basta,não abro mão de viver!


E, por fim, a música que deu o título ao post:


I need you - Travie McCoy

"I know it's not your fault, but I'm a locked door

any time I'm a mess by someone before"

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

All we need is just a little patience.


Paciência
pa.ci.ên.cia
sf (lat patientia) 1 Qualidade de paciente. 2 Virtude de quem suporta males e incômodos sem queixumes nem revolta. 3Qualidade de quem espera com calma o que tarda. 4Perseverança em continuar um trabalho, apesar de suas dificuldades e demora. 


Nunca fui uma pessoa paciente. Fui uma criança do tipo que pedia algo pra mãe, ela dizia "daqui a pouco", e eu perguntava, um minuto depois, "já é daqui a pouco"? Nunca tive esse dom de esperar para que algo aconteça, esperar que algo se conserte, esperar alguém; nunca gostei de esperar nada. E, por causa disso, desenvolvi uma coisinha chamada insistência. Se recebesse um não quando pequena, esperava quinze segundos e pedia de novo. Quem me garantiria que a resposta não poderia ser diferente?

Eu acredito que paciência seja quase um dom. Quase, porque você pode adquirir... Só não é fácil  nem simples, muito menos indolor. Acho que para conseguir, enfim, ser alguém que possa ser chamado de paciente deve-se abrir mão de muito. Sobretudo do que mais preza.

Nem sempre a pessoa que você tanto quer vai te querer de volta, ou na mesma intensidade.
Nem sempre as coisas vão sair do jeito que você planejou, ou quis muito.
Nem todos os dias você vai acordar cantando e sorrindo para as paredes.
Nem todas as pessoas sabem dar valor ao que realmente importa nessa provação que é a vida.

Orgulho é um bicho que não se dá com paciência. É necessário preservá-lo, sim, mas não cultivá-lo. Saber se dar o valor é diferente de ser arredio, de não permitir que ninguém se aproxime porque "nada, nem ninguém é bom o bastante". Ser orgulhoso não é sair por aí distribuindo elogios a si mesmo e rebaixando todos ao seu redor. Ser orgulhoso, no melhor dos sentidos, é saber das suas qualidades, e tentar ao máximo trabalhar nos seus defeitos.

Se tá difícil, meu amigo, tenta mais. Seja firme em seus propósitos.

A impaciência e o orgulho exagerado não caminham ao lado da felicidade.

Bem, podem até caminhar ao lado, mas nunca juntos.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Otimismo todo dia.




"Não se ponha a contemplar desacertos e insucessos. Coloque, no lugar das ideias depressoras, as de levantamento, ânimo, esperança e alegria. A felicidade precisa ser procurada, querida, desejada, intensificada. Ame ao máximo, aprecie o que é bom. Silencie a voz de crítica, tristeza e maldade. Siga o cântico da natureza, a simplicidade da vida e o pulsar do amor. Você é mais do que pensa ser"
Otimismo todo dia, dia 121. 

É muito difícil enfrentar aqueles dias de tormenta que parecem ser intermináveis; por experiência própria, misturar decepções, acidentes, provas, estresse e tristeza pode te deixar descrente de que no mundo ainda existem motivos pra sorrir. Mas existem sim, é claro que existem. 
Apesar de tudo, ou por causa de tudo, me tornei quem eu sou hoje. Com cada cicatriz, física ou espiritual; com cada expressão engraçada, cada nota muito baixa ou muito alta, cada crise de choro por felicidade ou tristeza. 
Uma coisa que aprendemos em algumas doutrinas, mas só com experiências temos certeza, é que a vida nada mais é que uma provação constante. Como se fosse um daqueles reality shows, que te leva ao seu limite, testa cada atitude sua, suas reações a medos que você nem mesmo sabia que tinha... Suas emoções são levadas ou ao ponto mais alto, ou ao fundo do poço, mas é necessário se recompor. Porque sempre haverão motivos bons o bastante para que pense que "poderia ser muito pior".

E acho que, finalmente, consegui entender a essência da frase "parece que nasci de novo".
Depois de alguns erros, você realmente nasce de novo. E nasce disposto a acertar.
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