sábado, 26 de novembro de 2011

Aleatoriedades.



Sou naturalmente desconfiada e capaz de passar minutos ou horas divagando sobre as intenções por trás de suas atitudes.
É estranho, mas é assim.
Durante a maior parte do tempo, sou cautelosa. Já feri e fui ferida demais com palavras enquanto agia de forma "sincera"; agi assim até descobrir que sinceridade sem o bom senso não leva a lugar algum.

Gosto de estar cercada de amigos, familiares, colegas, conhecidos. Mas só aqueles que me fazem bem, por favor.
Aquelas risadas longas e gostosas que você só consegue ter ou fazer ter com aquelas pessoas especiais.

Estudar todo o tempo me parece exagero. Posso estar errada ao pensar assim, mas acho que estudar faz parte da vida. A vida não é só estudar.

Sinto falta das brincadeiras de criança, dos meus amigos de infância e de algumas pessoas que costumo ver apenas uma vez por ano, mas que sempre conseguem me arrancar sorrisos ao lembrar do que passamos.

A saudade passa a ser, então, não um sentimento, mas um estado de espírito. Toma posse de mim por alguns segundos ou minutos e eu volto àqueles momentos em que tudo parecia mais intenso e eterno.

A eternidade deixa de ser um espaço de tempo e passa a ser um estado de espírito, também.
Dura o quanto você quer que dure.
Pode ser tempo demais.
Ou pode durar menos que se pretendia.

Ou a pretensão pode dar lugar à surpresa.

Já não compensa achar que se tem o domínio da própria vida; ela nos prega peças constantemente. Nos encanta ou assusta.
Só surpreende a quem permite ser surpreendido.

Admito que adoro ser cuidada. Quem não gosta, afinal? Ter alguém que pense em mim mesmo quando estou longe e incomunicável, sabe? Aquelas pessoas que mesmo meses depois da última conversa te mandam uma mensagem dizendo que sentem sua falta e que te amam. Aquelas que procuram te fazer rir apesar de tudo, ou por causa de tudo.
Admito que adoro estar na companhia delas, que me arrependi de ter me afastado de algumas e que preciso de mais pessoas assim em minha vida.
Ser positivo, racional, carinhoso, presente e um literal amigo não é para todos.

Eu aprecio os momentos que induzem reflexão.
Na verdade, creio que a reflexão é uma das poucas maneiras de percebermos o que se passa ao nosso redor, sem que sejamos tendenciosos.

Enfim, gosto do que me faz melhor, do que me faz rir. Do que me ensina.
Não do que somente aponta meus erros, mas do que os aponta e me mostra um meio de acertar.



" Não é que pensei outra coisa de gente grande? Esta é assim: tudo que parece meio bobo é sempre muito bonito, porque não tem complicação. Coisa simples é lindo. E existe muito pouco. " Caio F. de Abreu.

Por Luiza Mariana.

2 comentários:

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